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RESTAURAÇÃO FLORESTAL

A região do entorno da represa do Ribeirão das Lajes está inserida no domínio da Floresta Atlântica com fitofisionomias dominantes de Floresta Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Densa. As atividades dos ciclos do ouro e do café degradaram as terras da região, as quais, o declínio dessa cultura, foram transformadas em pastagens e usadas até a exaustão, o que torna fundamental o desenvolvimento de ações de restauração florestal. A família Monteiro executou a condução da regeneração natural no sítio Quatro Irmãos, dando origem a belas áreas de floresta ao longo das décadas de 1990 e 2000.

O processo de plantio de mudas nativas iniciou-se no ano de 2012, com a coleta de sementes e produção de mudas em viveiro. Após 10 anos de restauração florestal, já foram plantadas mais de 20 mil mudas de mais de 80 espécies de árvores da Mata Atlântica. As sementes são beneficiadas para o plantio, semeadas em sementeiras e depois transferidas para sacos preparados com substrato. As mudas se desenvolvem na casa de sombra e depois são levadas ao pátio de sol para adaptação a luminosidade até o início da estação chuvosa, quando são transferidas para o campo. Todo este processo leva entre seis meses a um ano.

Antes do plantio, a área destinada ao reflorestamento recebe manutenção, por meio da retirada de gramíneas invasoras, combate a formigas cortadeiras e correção do solo. É plantada uma mistura de 60% espécies pioneiras e 40% de espécies clímax, sempre deixando as mudas provenientes da regeneração natural. Após o plantio é realizada a manutenção de todas as plantas no campo. Todo o processo, incluindo o crescimento das plântulas no viveiro e o monitoramento das mudas em campo, é realizado pelo biólogo Jovani Monteiro.

Será construído um viveiro maior, o qual será cadastrado no RENASCEM, e novas áreas fora da reserva estão sendo pesquisadas para restauração, as quais também serão importantes para conexão florestal e sequestro de carbono. Para isso, buscamos oportunidades para continuar plantando mais árvores em áreas degradadas para aumentar a conectividade dos remanescentes florestais da região do entorno da Represa do Ribeirão das Lajes.

2012
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2020
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EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Por meio de cursos, treinamentos, palestras, oficinas e atividades culturais, nosso programa de Educação Ambiental busca intensificar a comunicação com as comunidades locais, informar os visitantes e instruir os membros do instituto.  

Internamente, o programa visa treinar nosso pessoal para um melhor desenvolvimento de nossas atividades. Junto à comunidade objetivamos construir um relacionamento próximo e formar cidadãos conscientes e engajados na conservação da natureza, através da comunicação direta, realização de eventos educativos e distribuição de materiais informativos. Com os visitantes, o objetivo é levar informação através de um centro de visitantes e de atividades em trilhas interpretativas. Nas escolas, buscamos levar informações sobre a biodiversidade da região e minimizar a cultura da caça e criação de pássaros em gaiolas.

Buscamos participar de eventos em nível local, regional, estadual e nacional, sobre ciência e proteção ambiental.

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ÁREA DE SOLTURA DE ANIMAIS SILVESTRES

A ideia de construir um ASAS na Reserva Ecológica Serra do Tangará surgiu da constatação de que a fauna silvestre da Mata Atlântica vem sofrendo todo tipo de agressões devido a ação antrópica, como a caça, o tráfico de animais silvestres, o desmatamento, o atropelamento, a expansão urbana e as espécies invasoras. Tais ações acarretam forte declínio nas populações de animais silvestres, o que pode levar a extinção local de diversas espécies. Milhares de animais são encaminhados aos Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) todos os anos, sendo a grande maioria representada pelas aves, originadas do tráfico. A destinação, reabilitação e posterior soltura desses animais são procedimentos essenciais para a conservação das populações de muitas espécies animais.

Esta situação causa uma superlotação nos CETAS do IBAMA ,  que recebem diariamente muitos animais, em especial aves. E não há locais suficientes e preparados para realizar a destinação para soltura e repovoamento. Este fato fez com que os gestores do Instituto Serra do Tangará decidissem criar um ASAS na Reserva, com o objetivo de viabilizar a soltura de animais nativos da Mata Atlântica da região, em uma área protegida e conectada a uma ampla área de vegetação localizada ao redor da Represa de Ribeirão das Lajes. O CETAS mais próximo da Reserva localiza-se em Seropédica que, como os demais, não possui estrutura para alojar tantos animais, o que pode coloca-los em risco, tornando essencial a criação de áreas de soltura.

EXPANSÃO DA RESERVA ECOLÓGICA SERRA DO TANGARÁ

Nosso objetivo é proteger a maior extensão possível de terras dentro do Corredor de Biodiversidade Tinguá-Bocaina e,  como fazemos limite com as terras sob concessão da Light no entorno da Represa de Ribeirão das Lajes, a maior extensão contínua de vegetação dentro do citado Corredor Ecológico, pretendemos aumentar a Reserva Ecológica Serra do Tangará através da aquisição e conversão das propriedades no entorno da represa e transformação das mesmas em RPPNs (Reservas Privadas do Patrimônio Natural), formando um “cinturão” de RPPNs chamado Reserva Ecológica Serra do Tangará, administradas conjuntamente pelo Instituto Serra do Tangará através de um Fundo para a Conservação.

Para este fim mantemos uma lista atualizada de propriedades disponíveis para venda, seus proprietários e sua importância estratégica para assegurar a proteção a longo prazo da Reserva Ecológica Serra do Tangará. Dessa forma, nossos parceiros, doadores e indivíduos que desejem participar desta iniciativa podem nos consultar sobre possibilidades de aquisição de terras.

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